A Tartaruga Vermelha (La Tortue Rouge), nova animação do famoso estúdio Ghibli em parceria com o estúdio Wild Bunch, chega aos cinemas brasileiros (infelizmente não em todas as cidades).
O longa de animação dirigido por Michael Dudok (Wit) conta a história de um homem que naufraga numa ilha tropical deserta e luta para sobreviver e encontrar uma forma de voltar para casa.
O filme não é para todos os públicos, apesar de ser uma animação. Não há diálogos e toda a trama se apresenta apenas por meio de imagens (e que belas imagens). A animação não é como as da Pixar, por exemplo, que utilizam CGI apenas. Aqui, apesar de também usarem computação gráfica, é possível ver os traços de anime mesmo. O cenário tem uma estética perfeita, mostrando uma natureza deslumbrante. Água, folhas, arvores e animais são elementos dessa bela fotografia, mas também estão lá para completar a história que focaliza no humano e seus atos.

A sonoplastia faz um excelente trabalho, assim como a trilha sonora espetacular.
Como dito anteriormente não sabemos a história daquele homem, seu nome ou o que aconteceu para ele estar ali. Também não sabemos qual o destino dele nessa ilha. Apesar de ser um filme curto (80 minutos) entre o segundo e terceiro ato o filme dá uma leve caída no ritmo e não prende tanto o público quanto o início.
O filme é um tipo de parábola e quando chega o final você percebe a mensagem porém nesse caso você não entende o que aconteceu realmente. Ainda paira dúvidas.
É uma animação que claramente tem como público-alvo pessoas adultas. A Tartaruga Vermelha emociona e faz o espectador refletir sobre o desfecho. É mais um filme na briga pelo Oscar 2017.